O programa prevê a criação de uma demanda adicional
Um estudo inédito da Oliver Wyman revela que o programa "Combustível do Futuro" tem o potencial de ser um dos principais motores do processo de descarbonização no Brasil. Se aprovado, o Projeto de Lei em tramitação no Senado poderá reduzir as emissões de CO2 em aproximadamente 15%, o que representa a eliminação de cerca de 27 milhões de toneladas de dióxido de carbono. A proposta visa a expansão da produção de biocombustíveis e gás natural, contribuindo significativamente para a redução do impacto ambiental do setor energético.
O programa prevê a criação de uma demanda adicional de 11,7 bilhões de litros de biocombustíveis líquidos e 3,4 bilhões de m³ de biometano. Essa expansão não só terá um impacto ambiental positivo, como também ajudará o Brasil a reduzir sua dependência de importações de combustíveis, com uma redução estimada de 54% para combustíveis líquidos e 38% para gás natural. A diminuição da necessidade de importação representa uma grande vantagem para a segurança energética do país.
Além dos benefícios ambientais e econômicos, o estudo destaca a necessidade de investimentos significativos para que a indústria local acompanhe a demanda crescente. Com a capacidade produtiva existente e a potencial utilização de plantas ociosas, o valor total dos investimentos necessários pode chegar a R$ 58 bilhões. Esses investimentos também trariam benefícios fiscais consideráveis, com uma arrecadação de aproximadamente R$ 14 bilhões anuais em impostos, caso sejam concretizados.
Portanto, o programa "Combustível do Futuro" não apenas promete avançar na agenda de sustentabilidade do Brasil, mas também gerar um impacto econômico significativo, alinhando-se com os objetivos de longo prazo do país para uma economia mais verde e autossuficiente.
Por Leonardo Gottems
Agrolink