Condições climáticas desfavoráveis e reduções de área plantada ajudaram a reduzir vendas da empresa
A Corteva Agriscience, multinacional que atua no setor de sementes, defensivos e biológicos, lucrou US$ 1 bilhão no segundo trimestre, superando os US$ 880 milhões do mesmo período de 2023. No entanto, no acumulado dos primeiros seis meses, o lucro líquido caiu no comparativo anual, de US$ 1,48 bilhão para US$ 1,42 bilhão.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), cresceu 10% no segundo trimestre, atingindo US$ 1,9 bilhão. No acumulado do primeiro semestre, no entanto, o Ebitda caiu 1%.
A receita líquida (vendas) cresceu 1% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado, alcançando US$ 6,1 bilhões. Já no acumulado do primeiro semestre, ela recuou 3% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 10,6 bilhões, à medida que as quedas no segmento de defensivos compensaram mais do que os ganhos em sementes, pontua a empresa.
No segmento de defensivos, a queda das vendas foi de 11%, "impulsionadas por impactos climáticos e redução de estoque, bem como por comportamentos de compra não antecipadas [just in time]", explica a companhia. As quedas de volume foram impulsionadas principalmente por condições climáticas desfavoráveis e redução da área plantada, segundo comunicado.
A Corteva registrou um lucro por ação no primeiro semestre de US$ 2,03.
Projeções para 2024
A empresa atualizou suas projeções para 2024. A expectativa é de vendas líquidas entre US$ 17,2 bilhões e US$ 17,5 bilhões. O Ebitda esperado é de US$ 3,4 bilhões a US$ 3,6 bilhões.
"O mercado de Proteção de Culturas [defensivos agrícolas] está mostrando sinais de estabilização. No entanto, continuamos a enfrentar pressões competitivas de preços. Estamos encorajados pela melhoria no volume de negócios de proteção de culturas no segundo trimestre e esperamos que isso continue na segunda metade do ano", disse o CEO da Corteva, Chuck Magro.
A Corteva também anunciou nesta quarta-feira (31/7) que nomeou David Johnson como seu novo vice-presidente executivo e diretor financeiro (CFO), com efeito a partir de 16 de setembro. Ele assume no lugar de Dave Anderson, que atuará como Conselheiro Estratégico do presidente executivo até sua aposentadoria no primeiro trimestre de 2025, "garantindo uma transição tranquila", pontuou a empresa.
Johnson, que ficará na sede da Corteva em Indianápolis, nos Estados Unidos, ocupava o cargo de diretor financeiro na Atkore, uma empresa de capital aberto e líder em soluções elétricas, de segurança e de infraestrutura.
Globo Rural