O lucro líquido da companhia cresceu 8,3% no período, e alcançou R$ 35,8 milhões
O aumento das vendas de variedades de cana-de-açúcar lançadas recentemente impulsionou os resultados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) no primeiro trimestre da safra 2024/25. O lucro líquido da companhia cresceu 8,3% no período, e alcançou R$ 35,8 milhões.
A receita líquida, fruto do pagamento de royalties das cultivares protegidas, aumentou 8,9%, para R$ 95,1 milhões. O desempenho foi o melhor já registrado pela empresa num primeiro trimestre.
O CTC aumentou sua participação no plantio de cana desta safra — de toda a área de cana cultivada no Brasil, 24% foram com variedades do CTC, acima dos 20% de participação de um ano atrás. Considerando a área de produção, a fatia da empresa subiu 1 ponto percentual na base anual, para 16%.
As variedades lançadas de 2020 em diante já representam 59% da área plantada com cultivares do CTC. Desde aquele ano, o CTC lançou sete variedades, que têm ganhado maior participação no plantio, afirmou Cesar Barros, CEO da companhia, ao Valor. A companhia tem hoje 31 cultivares de exploração comercial.
“As variedades mais novas representam um ganho no ticket médio, e isso se reflete em ganho de margem”, afirmou. A área faturada no trimestre foi de 295,7 mil hectares, alta anual de 1%, enquanto o preço médio subiu 3%, para R$ 345 o hectare.
Como resultado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no trimestre cresceu 17,3%, para R$ 50 milhões, o que levou a um aumento da margem Ebitda de 3,8 pontos, para 52,6%. Segundo Barros, o desempenho também é fruto de “eficiência organizacional, da forma de fazer negócio e eficiência nos gastos”.
Boa parte dos resultados é reinvestido no CTC. O investimento apenas em pesquisa e desenvolvimento (P&D) alcançou R$ 46,6 milhões, alta de 9,9%. Mesmo assim, a companhia teve um aumento de 21,3% em sua posição de caixa, que encerrou o trimestre em R$ 378,9 milhões.
Neste terceiro trimestre, o caixa da empresa será reforçado com o desembolso da segunda tranche do financiamento contratado com a Finep — Financiadora de Estudos e Projetos —, destinados a investimentos em pesquisa, com 14 anos de prazo e quatro de carência. Dos R$ 180 milhões contratados, R$ 70 milhões entraram em novembro passado e R$ 60 milhões entraram no trimestre atual.
Globo Rural