Petrobras vai retomar fábrica de fertilizantes com ou sem Unigel, diz governador de Sergipe

Petrobras vai retomar fábrica de fertilizantes com ou sem Unigel, diz governador de Sergipe

A Petrobras vai decidir até o fim deste ano se reassume a fábrica de fertilizantes de Sergipe ou se retomar as operações em acordo com a Unigel, disse o governador sergipano, Fabio Mitidieri, em entrevista ao estúdio epbr nesta quarta-feira (24/7) durante a Sergipe Oil&Gas.

O político afirmou que o compromisso foi assumido pela presidente da estatal, Magda Chambriard durante encontro para discutir os projetos de gás e fertilizantes no estado na última semana.

“Se vai ser com a própria Petrobras ou com a Unigel isso ainda não foi definido, mas o importante é que a plataforma vai ser reativada“, disse Mitidieri.

A fafen de Sergipe está paralisada por conta do preço do gás, assim como a da Bahia, que também foi vendida pela Petrobras para a Unigel. A estatal chegou a fazer um contrato de “tolling” no ano passado, mas encerrou o acordo.

Mitidieri também reforçou o interesse do governo estadual de ampliar a participação na distribuidora de gás canalizado Sergás.

“Temos as maiores reservas de gás da América Latina, não faz sentido o estado sair da Sergas, pelo contrário”, disse.
O governo sergipano defende, junto com consumidores e produtores, a mudança do contrato de concessão da distribuidora, para diminuir o impacto da distribuição no preço do gás natural.

O pleito foi reforçado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que defendeu a revisão dos contratos da Sergás, com a redução da taxa de retorno da companhia, de 20% para 10%.

 “Não faz sentido uma distribuidora estadual de gás natural ter um retorno tão elevado, dado o baixo risco do negócio. Isso não existe em nenhum lugar do mundo”, disse o ministro na abertura do Sergipe Oil&Gas.

Silveira criticou a concentração de mercado e os preços elevados no setor de gás natural, afirmando que isso impede a competitividade e resulta em tarifas abusivas para os consumidores. O ministro disse que uma “côrte do gás” loteou o Brasil e levou a preços abusivos.

A declaração foi uma resposta às pressões que vem sofrendo de grupos empresariais do setor de gás natural por conta das recentes medidas adotadas pelo governo e que foram encaradas como favorecimento à Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, de propriedade dos irmãos Batista.

- A agência epbr apurou que parte dessas críticas eram direcionadas ao empresário Carlos Suarez, um dos mais influentes do setor no país e apelidado de “Rei do Gás”.

 

 

Epbr